domingo, 20 de julho de 2014

Fora de Órbita.


A gente pensa que sabe tudo da vida, né? Mas acaba que no final do dia percebemos que não sabemos nada.  Não sabemos nada sobre nossa família, amigos, até daquele padeiro que em todas as manhãs grita em frente a sua casa. Ou sobre o conflito na Faixa de Gaza. O que sabemos é só o que os outros nos contam, ou demonstram, ou simulam. Talvez seja isso mesmo. A vida é um imenso simulacro. 

Eu aqui no meu Quintal, procuro vislumbrar o que ainda há de vir. Quanto mais penso que posso sair daqui, vejo que não há muito lá fora de verdadeiro, tão verdadeiro quanto o que sinto aqui. 


Frustração é a palavra do dia. Sendo meu próprio Planeta, e saindo da órbita dos demais.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Alimentei, cuidei, perdi.



O barulho do ventilador
as teias de aranha no teto
os sapatos jogados no chão
a fisgada no peito
a olhada, a respiração e ofegar

Cultivando cenas e paladares
percebendo o imperceptível
cumprindo promessas devagar
a cada novo segundo conquistado
deixando a mente falar

Dane-se se está escuro
O momento de falar passou
o intervalo chegou ao fim
é hora de secar
deixar de alimentar, de regar

Quando um ciclo encerra
outro se inicia automaticamente
a hora de perceber a vida é hoje
o amanhã demora
paciencia sim
esfriar, não.

domingo, 21 de setembro de 2008

Pela vida inteira


Obrigada por estar na minha vida. Estar contigo me faz acordar todos os dias com um sorriso de orelha a orelha, me faz sonhar de madrugada, te saboreando com todos os sentidos. As coisas tristes são sobrepujadas pelo som da tua voz dizendo que me ama. Não dá pra ficar calada, com tanta coisa instalada e crava aqui no meu peito!

Amar, então, é isso? É dar seu coração e ganhar outro no lugar? Amar é sair pela cidade meio que sem rumo, só pra curtir o caminho, o percurso ao seu lado? É se perder por caminhos que parecem tão diferentes, pois você transforma o lugar por onde anda. É planejar, sentir o cheiro do jantar que vamos degustar no dia em que completarmos 5 , 10, 15 anos?

Falo do que tange meu peito, pois é exatamente o que sinto com você. Perdida no castanho claro dos seus olhos e de pés bem firmes com a segurança do apertar das nossas mãos.


E também te agradeço por ler meus pensamentos. Amar tem dessas coisas também, né? Estava redigindo esse texto e você me chamou no MSN. E agora meu coração está aqui, disparado, querendo estar perto, ao seu lado. Por falar nisso, é justamente quando me falta o ar e quando respiro melhor.. é quando estás perto de mim. É uma mistura de sentimentos e sentidos.


Espero que TODOS tenham a sorte que eu tive ao te conhecer. Ao nos encontrarmos. Espero que todos encontrem os seus, pois o meu amor.. o meu "Pela vida inteira" eu já encontrei...



Te amo!






quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Problemática


Okey! Vamos começar pela coisa mais chata que nos aparece de "vez em quando": As obrigações.

As obrigações nos seguem desde muito cedo, desde muito cedo mesmo. Quando se é bebê sua obrigação é se alimentar. É algo como se fosse uma obrigação-necessidade, pois você precisa fazer com que aquela dor passe, que mais tarde você descobrirá que é chamada de "fome". Passando pra infância você precisa fazer seus deveres de casa para que, então, possa merecer alguma coisa de seus pais, algum "bônus" nos aniversários e datas festivas. Na adolescência nem se fala, TUDO é obrigação, não é de bom grado! As pessoas não entendem que a maior das obrigações é delas! E qual seria? A de lhe compreender, é claro!


Quando chegamos a idade adulta as obrigações passam de estado de escolha para "ou você faz ou não "vive". Você precisa cumprir suas obrigações para ter dinheiro para se sustentar. Você precisa cumprir suas obrigações para poder se casar. E muita das vezes o próprio casamento se torna SUA obrigação. Vamos combinar que essa palavra já é estranha por si só: o-BRIGA-ção (Não quis separar silabicamente, of course). Quando você quer dar uma de rebelde e não faz nada do que lhe cabe as coisas começam a dar um pouco errado. É só olhar para os lados e ver que as pessoas que estão fazendo segundo o "figurino" e o roteiro estão conseguindo atingir metas que outrora eram suas.


Mas quem criou as obrigações? Essa saga é longa, não adianta. Faríamos aqui um resgate histórico desde Adão e sua obrigação de ter que colocar nome nos animais até os dias atuais. Mas está aí! Uma boa sacada! ADÃO! Foi o "cara"! Lhe foi dado uma ordem e de repente ele saiu "Vem cá, gatinho.. E ae dona galinha? E aí, meu peixe?" A obrigação de Adão era árdua, pois imagine só: Tinha acabado de ser criado, não sabia nem o que ele era e já tinha que sair colocando nome em tudo que é coisa que via pela frente! Rapaz! Mas que privilégio, não é? Foi. E é.


Se formos perceber quem tem obrigação é um ser privilegiado, pois acorda tendo o que fazer, tendo com o que se preocupar, tendo com o que se ocupar. Seja arrumar a casa, seja dando o troco no ônibus, dirigindo pra toda uma população, varrendo as ruas da cidade. É sua obrigação, é seu direito para que os outros também cumpram o que lhes cabe.


Você já cumpriu a sua hoje?




terça-feira, 16 de setembro de 2008

Lugares Proibidos


Me foi permitido a entrega novamente. O "fechar os olhos" e sentir como se não existisse mais o chão. O sorriso eterno que surge pelo simples motivo de lembrar que em outra parte da cidade existe alguém que te faz feliz, ou pelo simples fato dessa pessoa existir.

Claro que ninguém veio até mim e abriu meus olhos. Não, quando o amor chega as coisas não acontecem dessa forma. Meu caso foi hollywoodiano SIM! Com tramas aguçadas. Com olhares ofegantes, com mãos nervosas à procura de seu par. E foi se desenrolando desta forma. Com declarações, com céu aberto ou dia chuvoso. Com a lua cheia ou crescente. Não importa! Só consigo lembrar de um olhar e do sorriso mais lindo que existe. O "seu" sorriso.

O enviado de Deus, o que desceu pra me fazer feliz. Pra me dar essa sensação, essa verdadeira sensação de que realmente estou completa agora.




Eu te amo!


Ti amo!

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Fugindo de casa.

Estava pensando dia desses em fugir de casa, arrumar a mochila, colocar coisas indispensáveis ao meu dia-a-dia e colocar o pé no mundo. Pegar umas moedas, minha meia-passagem, pagar o ônibus e seguir rumo à minha independência, sentindo o vento artificializado pelos carros, ouvir as buzinas nervosas do trânsito. Coloco a mão no bolso e vejo que estou desprovida de qualquer vintém. Bem, tenho certeza que ninguém entenderia em casa se eu dissesse que precisava de algumas moedas para fugir. Agora como conseguir? É o jeito quebrar meu porquinho, tadinho dele, mas é por uma ótima causa.

CRASH! - "dez, vinte, trinta...hm, acho que isso aqui vai dar."

Olho pra minha mãe com ar de despedida, com as lágrimas quase escorrendo, mas é preciso ser forte para ser independente. Antes que alguém me visse ou notasse, já estava em direção à parada de ônibus, com uma mochila abarrotada de gibis ,umas roupas de "ficar em casa", o "walk-man" e por fora o peito estufado de tanta coragem.

Na metade do caminho, porém, as pernas já começam a ficar bambas, os passos mais fracos e no estômago o anúncio de que já estava perto da hora do almoço. E no bolso nada além de trinta e cinco centavos.

- "Acho melhor fugir depois do almoço..." - parada para pequena e básica observação.

RONC - Estômago covarde!

- "É! Mas do almoço não passa!!!"

E mais uma tentativa de busca por "independência" se vai, com grandes vitórias, é claro. Dessa vez eu já havia conseguido passar de três casas após a minha.

- "Mãe! Já tem almoço???"

- "Tá quase, só falta o arroz! Vai lá na taberna comprar?"

-"Claro, mãe..vou sim! Posso comprar batom com o troco?"

- "Tá, compra, mas é só pra depois do almoço!"

E lá se vai a garotinha corajosa e saltitante comprar o arroz que sua mãe pediu. Com o coração entupido de orgulho por ter tido tamanha coragem...

Quer dizer... nem tanto assim...

Sabe de uma coisa? Hoje em dia nem tem mais graça tentar fugir de casa. A passagem do ônibus tá caríssima, tenho trabalho da "escola" pra fazer, meu violão não cabe na mochila, os gibis estão muito sem graça, agora eles não têm "desenho" (quer coisa mais chata?). A verdade é que a minha casa tornou-se o inverso. Hoje em dia a minha casa é meu abrigo. Continuo procurando minha independência sim, mas o bom mesmo é voltar pra casa.

Ih! Vai chover, vou ter que sair aqui do balanço. Vou lá dentro falar com a mamãe, talvez ela precise de alguma coisa. Quem sabe não sobre um "batom" ainda pra mim.

Inté!

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Tá tudo errado!

Francamente, têm dias que nada se produz. O café da manhã é fraco, o almoço mais ou menos, a sessão da tarde a de sempre, no msn não tem ninguém interessante pra conversar e quando se nota isso, as coisas pioram: O que que estou fazendo do meu dia? Eu deveria estar estudando, mas parece que só estou me enganando. Outras coisas se tornam prioridade, pois é o que você estipula...ah, isso sim é interessante e prazeroso fazer. Mas porque então não decidi desde o início do dia fazer o que me é mais prazeroso e que, por ventura, compensaria mais?

Pessoas em dúvida, ações dubitáveis. Não tem jeito. É preciso antes de tudo definir o que se quer. É por isso que pessoas organizadas se dão bem em grandes empresas, as que seguem uma agenda. Sim, é necessário seguir um roteiro em alguma coisa, ir cumprindo paulatinamente suas obrigações, de preferência as mais chatas em primeiro lugar, depois é só deleitar-se. Afinal, para que as regras sejam quebradas, é necessário que elas existam em nossa vida, ou então isso não teria sentido algum. Num dia improdutivo o melhor a se fazer é reorganizar-se, ver o que está acontecendo de errado, aparar as aretas deixadas no caminho e sedimentar as boas realizações.

Qual o lugar da inveja nesse discurso? A inveja é algo ruim na vida, mas espelhar-se em bons exemplos é muito bom. Começar daí já é um caminho a se seguir, por que não? Desejar o que há de melhor em uma pessoa é uma "inveja boa" se caso seja força e motivação para se trabalhar duro para se conseguir algo. Acho que todo mundo pensaria assim. Pensando bem, não são todas as pessoas que pensam assim não, mas não quero comentar isso aqui, não seria "muito" ético.

Quando o dia parecer improdutivo, pare e pense no que você está fazendo, reflita bastante, veja se consegue entender a importância das suas ações diárias. Quem sabe aí seu café fique mais gostoso, o almoço seja mais atrativo, as pessoas no msn pareçam mais legais... Quem sabe o problema não estava em você ? Não custa nada refletir sobre isso, né não?
Bem, vou voltar pra meu balanço que o vento voltou a soprar mais forte...
Até mais!