domingo, 20 de julho de 2014
Fora de Órbita.
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Alimentei, cuidei, perdi.
O barulho do ventilador
as teias de aranha no teto
os sapatos jogados no chão
a fisgada no peito
a olhada, a respiração e ofegar
Cultivando cenas e paladares
percebendo o imperceptível
cumprindo promessas devagar
a cada novo segundo conquistado
deixando a mente falar
Dane-se se está escuro
O momento de falar passou
o intervalo chegou ao fim
é hora de secar
deixar de alimentar, de regar
Quando um ciclo encerra
outro se inicia automaticamente
a hora de perceber a vida é hoje
o amanhã demora
paciencia sim
esfriar, não.
domingo, 21 de setembro de 2008
Pela vida inteira
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Problemática
terça-feira, 16 de setembro de 2008
Lugares Proibidos
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Fugindo de casa.
Estava pensando dia desses em fugir de casa, arrumar a mochila, colocar coisas indispensáveis ao meu dia-a-dia e colocar o pé no mundo. Pegar umas moedas, minha meia-passagem, pagar o ônibus e seguir rumo à minha independência, sentindo o vento artificializado pelos carros, ouvir as buzinas nervosas do trânsito. Coloco a mão no bolso e vejo que estou desprovida de qualquer vintém. Bem, tenho certeza que ninguém entenderia em casa se eu dissesse que precisava de algumas moedas para fugir. Agora como conseguir? É o jeito quebrar meu porquinho, tadinho dele, mas é por uma ótima causa.
CRASH! - "dez, vinte, trinta...hm, acho que isso aqui vai dar."
Olho pra minha mãe com ar de despedida, com as lágrimas quase escorrendo, mas é preciso ser forte para ser independente. Antes que alguém me visse ou notasse, já estava em direção à parada de ônibus, com uma mochila abarrotada de gibis ,umas roupas de "ficar em casa", o "walk-man" e por fora o peito estufado de tanta coragem.
Na metade do caminho, porém, as pernas já começam a ficar bambas, os passos mais fracos e no estômago o anúncio de que já estava perto da hora do almoço. E no bolso nada além de trinta e cinco centavos.
- "Acho melhor fugir depois do almoço..." - parada para pequena e básica observação.
RONC - Estômago covarde!
- "É! Mas do almoço não passa!!!"
E mais uma tentativa de busca por "independência" se vai, com grandes vitórias, é claro. Dessa vez eu já havia conseguido passar de três casas após a minha.
- "Mãe! Já tem almoço???"
- "Tá quase, só falta o arroz! Vai lá na taberna comprar?"
-"Claro, mãe..vou sim! Posso comprar batom com o troco?"
- "Tá, compra, mas é só pra depois do almoço!"
E lá se vai a garotinha corajosa e saltitante comprar o arroz que sua mãe pediu. Com o coração entupido de orgulho por ter tido tamanha coragem...
Quer dizer... nem tanto assim...
Sabe de uma coisa? Hoje em dia nem tem mais graça tentar fugir de casa. A passagem do ônibus tá caríssima, tenho trabalho da "escola" pra fazer, meu violão não cabe na mochila, os gibis estão muito sem graça, agora eles não têm "desenho" (quer coisa mais chata?). A verdade é que a minha casa tornou-se o inverso. Hoje em dia a minha casa é meu abrigo. Continuo procurando minha independência sim, mas o bom mesmo é voltar pra casa.
Ih! Vai chover, vou ter que sair aqui do balanço. Vou lá dentro falar com a mamãe, talvez ela precise de alguma coisa. Quem sabe não sobre um "batom" ainda pra mim.
Inté!
quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Tá tudo errado!
Francamente, têm dias que nada se produz. O café da manhã é fraco, o almoço mais ou menos, a sessão da tarde a de sempre, no msn não tem ninguém interessante pra conversar e quando se nota isso, as coisas pioram: O que que estou fazendo do meu dia? Eu deveria estar estudando, mas parece que só estou me enganando. Outras coisas se tornam prioridade, pois é o que você estipula...ah, isso sim é interessante e prazeroso fazer. Mas porque então não decidi desde o início do dia fazer o que me é mais prazeroso e que, por ventura, compensaria mais?
Pessoas em dúvida, ações dubitáveis. Não tem jeito. É preciso antes de tudo definir o que se quer. É por isso que pessoas organizadas se dão bem em grandes empresas, as que seguem uma agenda. Sim, é necessário seguir um roteiro em alguma coisa, ir cumprindo paulatinamente suas obrigações, de preferência as mais chatas em primeiro lugar, depois é só deleitar-se. Afinal, para que as regras sejam quebradas, é necessário que elas existam em nossa vida, ou então isso não teria sentido algum. Num dia improdutivo o melhor a se fazer é reorganizar-se, ver o que está acontecendo de errado, aparar as aretas deixadas no caminho e sedimentar as boas realizações.
Qual o lugar da inveja nesse discurso? A inveja é algo ruim na vida, mas espelhar-se em bons exemplos é muito bom. Começar daí já é um caminho a se seguir, por que não? Desejar o que há de melhor em uma pessoa é uma "inveja boa" se caso seja força e motivação para se trabalhar duro para se conseguir algo. Acho que todo mundo pensaria assim. Pensando bem, não são todas as pessoas que pensam assim não, mas não quero comentar isso aqui, não seria "muito" ético.